quarta-feira, março 15, 2006

Quero saber de que côr
é feito teu abraço, azul e cinzento como o mar que me atinge
laranja mel como o sol que me nasce
vermelho vivo como o sítio onde te guardo.

Quero saber de que côr, o rosto que me diz da lua e da vida, e da espera e do momento.
Quero saber de que côr
é a verdade de te ter.

"A Idade da Inocência" (1993)
real: Martin Scorcese

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nesta era metálica dos bárbaros só um culto metodicamente excessivo das nossas faculdades de sonhar, de analisar e de atrair pode servir de salvaguarda à nossa personalidade, para que se não desfaça ou para nula ou para idêntica às outras.
O que as nossas sensações têm de real é precisamente o que têm de não nossas. O que há de comum nas sensações é que forma a realidade. Por isso a nossa individualidade nas nossas sensações está só na parte errónea delas. A alegria que eu teria se visse um dia o sol escarlate. Seria tão meu aquele sol, só meu!

Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'

n 15.03.06

2:36 da tarde  
Blogger AS said...

Tu e esse filme... A minha cor da verdade de ter alguém é o branco. O branco é a cor da indefinição, da possibilidade, da invasão, da incerteza e até, quem sabe, da felicidade.

3:54 da tarde  
Blogger maldito cinema said...

Branco. A côr.

7:11 da manhã  

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